terça-feira, 10 de junho de 2025

Com 76% das infrações por excesso de velocidade, BR-324 acende alerta para o São João

 


Desde janeiro, mais de 61 mil infrações de trânsito foram registradas na BR-324, no trecho entre Salvador e Feira de Santana. Desse total, 76% foram por excesso de velocidade, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número, que contabiliza dados até 3 de junho, já representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024.

A rodovia, principal corredor de saída da capital, é uma das preocupações das autoridades de trânsito neste período junino. Além do aumento esperado no fluxo de veículos, a BR-324 está sob nova administração desde 15 de maio, após a suspensão do contrato com a ViaBahia. Desde então, a responsabilidade por manutenção e operação passou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Segundo a PRF, o monitoramento por radares e câmeras segue ativo, mesmo com a mudança de gestão. “Intensificamos a fiscalização com radares móveis. O excesso de velocidade continua sendo uma das principais causas de acidentes nas rodovias baianas”, afirmou Fernanda Maciel, chefe do núcleo de comunicação da PRF.

Dados e histórico

Das mais de 46,8 mil infrações por velocidade, 42 mil foram por condução 20% acima do limite permitido. Junho, mês de maior movimento nas estradas da Bahia, costuma ter aumento de até 20% no fluxo de veículos. Em 2024, cinco milhões de veículos circularam no mês, sendo 1,2 milhão apenas entre os dias 20 e 25, pico dos festejos juninos.

No mesmo período, 55 acidentes foram registrados entre Salvador e Feira, com 71 pessoas feridas. Em junho de 2023, foram 47 acidentes e duas mortes no mesmo trecho.

Operação especial

A operação da PRF para os festejos juninos começa no dia 16 de junho e segue até o dia 29, incluindo o São Pedro. O fluxo mais intenso é esperado entre 18 e 19 de junho, especialmente por causa da proximidade com o feriado de Corpus Christi.

Outro fator relevante é a suspensão da cobrança de pedágio na BR-324 e na BR-116. Desde a saída da ViaBahia, o fluxo foi redirecionado para as laterais das praças de pedágio, onde há controle por radares. A PRF e o Dnit descartaram a liberação das cabines centrais, citando riscos de colisão e afunilamento do tráfego.


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